domingo, 13 de julho de 2008

Ø G®¡†ö ðö Þöë†ä


Vou-me ficar de braços estendidos
com as palmas abertas para o céu
e na ponta dos dedos os pedidos
que so murmuro a Deus.

Vou-me ficar bem alto, em linha recta
seguindo um rumo para além de mim...
indo na veloz calma de uma seta
que não chegou ao fim.

Mesmo na tarde mornas de cansaço
e com os braços gastos de sofrer,
se Deus me ajudar, hei-de mostrar ao espaço
meus dedos a doer.

Eu sei, Senhor, que tu tens um poema
feito de estrelas,
sol e voz do mar
e com as sete cores em diadema,
nas mãos, para mo dar.

Por isso eu ergo os braços levantado
se minhas mãos são ânsias macias
só de alcançar teus dedos, irisados
por toda a poesia.
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© efeneto
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Ø G®¡†ö ðö Þöë†ä
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